segunda-feira, 6 de junho de 2011

EIKE, "O Cara"

 Você já ouviu falar de Eike Batista? (pronuncia-se AIKE) Se não, deveria. Ele é provavelmente o melhor símbolo do Brasil de 2011.
Eike foi listado pela revista americana Forbes como o brasileiro mais rico e o 8º homem mais rico do mundo (todos os primeiros são homens).
Filho do antigo presidente da Vale do Rio Doce e ministro de Estado Eliezer Batista, ex-marido de Luma de Oliveira, só agora esse personagem parece ter encontrado luz própria. E que luz. Ele anuncia provocativamente que se tornará o homem mais rico do mundo, e por isso Carlos Slim e Warren Buffett, os primeiros, que se cuidem! E diz isso em entrevistas nas televisões abertas americanas, portanto para o mundo inteiro. Conseguirá?
Se você acha que sim, seria o caso de investir nas ações das empresas dele, pois quando ele se tornar o primeiro elas aumentarão muito de valor. Por isso mesmo se torna símbolo: será que ele, assim como o próprio Brasil, continuarão despontando no cenário econômico mundial como grandes sucessos? Nós, simples mortais, podemos não ter ideia, mas a resposta para a pergunta certamente afetará as nossas vidas.
O país que hoje parece atrasado e mal preparado para sediar a Copa de 14 e as Olimpíadas de 16 está no olho do furação, quer dizer, sob os olhos do mundo. Costumo dizer que nenhum país do mundo teve essa colher de chá, a de fazer esses dois eventos de importância planetária ‘em seguida’. Por isso mesmo a responsabilidade é maior. E o sucesso, ou fracasso, desses eventos também serão cruciais para a nossa História.

Uma nação moderna, competitiva, invejada pelas outras, tudo isso para quem passou muito dos vinte anos, como eu, parece conto da carochinha. O Brasil sempre foi o oposto. Contribuiu para a mudança, sem dúvida, o amado/odiado presidente Lula, chamado muitas vezes de ‘o político mais popular da face da Terra’. Isso lá fora. E também se  repetiu muito que "Brasil foi o último país a entrar na crise, e o primeiro a sair dela", em referência à crise de 2008. Quando vejo a nossa Educação Pública, duvido bastante do sucesso do Brasil, mas quando vejo os números de crescimento, investimento, e até de valorização do real, penso que o sucesso está na nossa porta.
E aí desponta EIKE. No ano 2000 ele se desfaz de suas minas de ouro no mundo afora e investe todo o seu dinheiro no Brasil. Seu 1 bilhão de dólares se transforma em 30 bilhões. Para quem pensa que isso é maracutaia com o governo ele explica que não tem nenhum contrato público. O que ele tem é a concessão de exploração de petróleo em certas áreas do Brasil (o que foi uma concorrência pública), poços que neste ano de 2011 começam a jorrar. Isso além de outras empresas. E como se explica a multiplicação do dinheiro? Simples. Ele abre o capital das empresas na Bolsa de Valores. Muita gente se interessa, as empresas recebem altos investimentos e multiplicam de valor. Por isso anuncia que pretende ‘listar’ as empresas nas bolsas de outros países, como Inglaterra, assim receberão ainda mais dinheiro.

Mas um cara tão falastrão não gera desconfiança? Sim. Mas esse jeito que ele tem, meio ingênuo, cheio de si, provocativo, é tipicamente brasileiro. Comparado com outras nacionalidades, o brasileiro fala mais do que deveria, e não se importa de fazer papel de bobo em certas rodas. Talvez por isso ele consiga a adesão de tanta gente. Fala muito do Brasil, diz que escolheu investir e viver aqui, faz investimentos sociais no Rio de Janeiro (nas UPPs), promove a limpeza da lagoa Rodrigo de Freitas, aparece em programas de TV (veja-os no Youtube, como eu), doa U$ 7 milhões para a Ong de Madonna, diz que não vale a pena ser rico se o entorno for pobre, e por aí afora. Expõe sua fragilidade humana, a começar por admitir a vaidade, seus arroubos juvenis, e por aparecer em uma entrevista por exemplo, com uma gravata que mais parece a gravata de um palhaço, de tão longa. Muito diferente de outros empresários que têm medo de seqüestro e ninguém conhece, vamos admitir. Com tanta exposição, fica mais fácil confiar – ou definitivamente não confiar – nele.
Ele está construindo um dos maiores portos do mundo no Rio de Janeiro, em São João da Barra, e já tem muitos contratos engatilhados com a China, inclusive para receber os super-navios Chinamax. São tantas empresas reunidas naquele local, todas interligadas, que a cidade passou a se chamar Eikelândia. Convenhamos, não é pouco. Como se falou muito nos últimos anos da precariedade e alto custo dos portos brasileiros, espero que esse empreendimento realmente dê certo. E talvez os outros portos possam seguir o exemplo. Se você acha que não tem nada a ver com isso, explico: os portos são parte dos altos custos dos produtos que nós consumimos. Eike é um empresário que aposta na eficiência e na competitividade.
Luma de Oliveira, a ex-mulher, até hoje o defende, com lágrimas. Será esse mais um motivo para confiar nele? Eu confio, e torço, mas não posso e nem quero convencer ninguém. Só digo que vale a pena acompanhar a trajetória desse singular personagem com atenção. Na minha opinião, seu futuro – sucesso ou fracasso – se confunde com o futuro do Brasil.

2 comentários:

  1. Sem dúvidas o êxito de Eike nos negócios influenciará sim no crescimento do país, já que sua fortuna movimenta parte considerável da economia nacional.
    Estefânia Nascimento
    1° semestre - Letras - Manhã

    ResponderExcluir
  2. Com certeza os planos de Eike movimentará a economia no Brasil, fazendo com que o país cresça economicamente.

    Selma Xavier Santana de Oliveira
    1º semestre de Letras - manhã
    Faculdades Integradas Torricelli.

    ResponderExcluir