sábado, 21 de janeiro de 2012

Eu Caí, e Você?

OK, eu não vi nenhum programa de televisão, mas a verdade é que, ao ver a imagem na Internet, acreditei.
E antes de saber porque uma mulher inventa uma gravidez absurda, deveríamos perguntar: por que estamos dispostos a acreditar em tudo?
Confesso, achei a barriga estranhíssima, mas não duvidei da veracidade. Olhando outras fotos, depois, a farsa se torna mais e mais evidente, um verdadeiro TAPA em nossa cara: te peguei, tontão! Essa era a intenção dela?
A explicação que encontrei foi: vivemos em um mundo tão consumista, tão 'publicitário', que as únicas verdades dignas de nota são aquelas que saem do normal, as aberrações, as crianças siamesas, navio de luxo naufragando, vereador transsexual, famosos se tratando de câncer, enfim. Em outras palavras, o jornalismo embarcou de vez na lógica do espetáculo, na necessidade da manchete chocante, como era o caso do Notícias Populares, que só divulgava sexo, violência ou crime. Se não tivesse sangue ou nudez, nada feito.
A Internet vai seguir de vez essa lógica? Aparentemente, já está acontecendo. Uma imagem absurdamente chocante, então, passa a ser uma necessidade. Da mesma forma que, na Publicidade, só o inusitado, o 'diferente', pode cumprir a função de chamar a atenção do consumidor. E como a competição é brava, dá-lhe absurdo, dá-lhe esquisitice, dá-lhe circo de horrores!
Acreditar, nesse universo, passa a ser a regra, pois digna de estranheza seria mesmo APENAS uma gravidez normal. Olha aí, já me safei! A culpa não foi minha, a culpa é deles! Mas pelo menos a luz amarela se acendeu. Um pouquinho de desconfiança nesse universo fantástico do jornalismo internético cairia muito bem...









 

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